A Aneel
(Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou, nesta terça-feira (26), a
criação de um novo patamar para as bandeiras tarifárias, além da redução dos
valores que serão cobrados a partir de fevereiro. De acordo com os novos
patamares, o consumidor já deve notar uma redução de 3% na conta de luz.
No
próximo mês, o consumidor de energia elétrica receberá em sua conta de luz o
sinal de bandeira vermelha patamar 1 –que, dentro da Aneel, ficou conhecida
como bandeira rosa–, mais barata que a bandeira vermelha vigente até janeiro.
O sistema
das bandeiras adicionam um encargo à conta de luz para custear as usinas
térmicas. Até o momento, a bandeira vermelha encarecia a conta em R$ 4,5 a cada
100 kilowatts-hora consumidos.
Após a
virada do mês, a bandeira vermelha patamar 1, ou rosa, elevará a conta em R$ 3
a cada 100 kilowatts-hora consumidos. Na prática, essa redução deverá baratear
a conta em 3% para todos os consumidores do país.
A
bandeira vermelha patamar 2 continua a encarecer a conta de luz em R$ 4,5 a
cada 100 KWh consumidos.
As outras
cores, verde e amarela não foram repartidas, como a vermelha. Porém, o valor
adicionado pela amarela diminuiu de R$ 2,5 a cada 100 KWh consumidos para R$
1,5 a cada 100 KWh consumidos.
A verde,
como agora, continua não adicionando qualquer valor à conta de luz.
TÉRMICAS
De acordo
com a Aneel, as cores das bandeiras mudam de acordo com a usina térmica mais
cara que deve ser acionada.
A
bandeira verde é acionada sempre que as térmicas não custem mais do que R$ 211
por MWh. A amarela entra em vigor quando as usinas custam entre esse valor e R$
422 por MWh.
A
vermelha 1, agora, vale para as térmicas que custem entre R$ 422 e R$ 610 por
MWh. A vermelha 2 entra a vigor para pagar as usinas que custam mais do que
isso.
O chamado
despacho térmico, quando as usinas são ligadas, seguem os valores de referência
da energia, definido pelo PLD (Preço de Liquidação das Diferenças).
A
depender do valor gerado pelo PDL, o ONS (Operador Nacional do Sistema) define
quais usinas podem entrar em operação.
Atualmente,
em todos os subsistemas do país, com excessão do Nordeste, a bandeira válida
deveria ser a verde. No Nordeste, a bandeira deveria ser a amarela.
No
entanto, ao visar a recuperação dos reservatórios dessa região e sem poder
contar com a energia de empreendimentos atrasados, como a usina de Belo Monte,
a Aneel acatou o pedido do ONS para utilizar térmicas com custo de até R$ 600
por MWh, mantendo a cobrança da bandeira.
MACHADO DA COSTA
DE BRASÍLIA 28/1/2016
Reportagem do Portal UOL.